CRUZEIRINHO DO RENASCENÇA RECORRE AO TJD

Presidente do Cruzeirinho está indignado com a situação e diz que LMF deveria conferir as transferências antes de liberar um atleta  

Heberth Halley
Repórter

Após o resultado do julgamento do caso que envolve o jogador Tadeu, a diretoria do Cruzeirinho já procurou o jurídico do clube para recorrer ao TJD – Tribunal de Justiça Desportiva.
A reportagem de o Blog: Bola pra frente Moc, entrou em contato com o presidente do Cruzeirinho, Wilton Souza Santos, para saber o que a diretoria do Renascença entendeu sobre o resultado da decisão e o que pretende fazer a partir de agora.

Presidente do Cruzeirinho, Wilton Santos,
diz que time vai recorrer ao TJD

- Já encaminhamos o caso ao nosso jurídico e vamos recorrer a decisão da Comissão Disciplinar. Vamos agora entrar com o recurso ao TJD. Já está tudo encaminhado – afirmou o dirigente.
O presidente do Cruzeirinho se diz indignado com o resultado do julgamento e compara o mesmo caso com o do jogador Rondinelly.
- O caso de Tadeu é idêntico ao de Rondinelly. No de Rondinelly a comissão disciplinar não quis nem julgar e já passou direto para o TJD e na oportunidade ganhamos por unanimidade, 5 x 0. Naquele dia o relator do TJD, disse que não viu nenhuma irregularidade no caso. Acreditamos que novamente será da mesma forma no caso Tadeu – diz o dirigente do time do Renascença.
Wilton Souza explicou de que forma e em que embasamento o Cruzeirinho pretende se defender.
- A acusação do Cruzeirinho é de que a LMF – Liga montes-clarense de futebol deveria conferir a transferência do jogador, pois o clube apenas paga a taxa e inclusive o atleta jogou por diversas outras equipes do futebol amador sem ter acontecido nada - explica.
O jurídico do Cruzeirinho atesta que jogador Tadeu consta nos arquivos da LMF – Liga montes-clarense de futebol como atleta amador de base do Ateneu. Em nenhum documento consta que ele era atleta profissional como alega o Santa Lúcia e que deveria fazer reversão. O primeiro registro dele na LMF foi no Cassimiro de Abreu em 2002. Depois disso, ele se transferiu por diversas equipes do futebol amador, inclusive, o Santa Lúcia. Em 2010, a diretoria do Cruzeirinho pagou a taxa de transferência como consta no regulamento e a LMF conferiu e foi quem transferiu. Nesse período em que se transferiu por várias equipes, o atleta não foi punido por nenhuma equipe.
O jurídico do Cruzeirinho alega ainda que o jogador quando jogou pelo Ateneu nas categorias de base era filiado à LMD – Liga montes-clarense de desporto, entidade que não existe mais, e ressalta também que o Ateneu está inativo há vários anos e não teria como fazer uma transferência de um jogador da qual o clube não existe mais.
O clube azul celeste defende ainda a tese de que a LMF que deveria conferir a situação de cada atleta e que nesse caso de Tadeu, a entidade quando autoriza a transferência do jogador é porque ele está apto e em condições de atuar sem nenhuma irregularidade.
- Estamos conscientes de que não utilizamos o jogador de forma irregular. A LMF deveria ter conferido e se ele tivesse mesmo irregular a LMF poderia autorizar a sua transferência. Tadeu jogou em diversas equipes do futebol amador e LMF sempre fez a sua transferência. Porque só agora vem com essa história de que ele está irregular? – indaga o presidente do Cruzeirinho, que explica ainda que no caso de Rondinelly foi até pior do que o de Tadeu, pois o jogador atuou no Social de Coronel Fabriciano e o TJD não constatou nenhuma irregularidade.